Nos últimos dois meses, tenho vivido emoções intensas. Muita coisa precisou ser reconfigurada. O que eu quero da vida mudou bastante, engordei (antes, durante e depois da viagem para a Itália), minha irmã chegou e já foi embora, e ainda teve uma sinusite que apareceu há 10 dias e não quis mais ir embora. Embora esse começo pareça dramático, está tudo bem. A vida é boa, a terapia está em dia — se transformar é desafiador mesmo.
Quando a gente (eu) está em uma fase mais difícil, percebo que — pelo menos no início — temos a tendência de piorar ainda mais a própria vida. Engordou? Então chuta o balde logo. Nenhuma roupa serve? Para de se arrumar. Está pra baixo? Dá preguiça de se maquiar, de arrumar o cabelo...
(Se alguma psicóloga que me acompanha quiser comentar do ponto de vista profissional, eu vou adorar — sou só eu ou isso é uma tendência natural do ser humano mesmo?)
Se tem uma coisa que a consultoria de imagem me ensinou, foi o poder de uma roupa. O poder de uma cor, de uma linha, de um estilo. O poder de conhecer o que nos favorece e usar isso estrategicamente — e mesmo sem ter feito uma consultoria, o poder de olhar para si, se cuidar, se arrumar.
Quando a gente se arruma, nossa energia se eleva. Ficamos mais produtivas. Geramos organização visual, mental, emocional e, consequentemente, autoconfiança.
Por onde começar e o que organizar?
Além de decidir me arrumar, a primeira coisa que penso é na cor. Se deixar, estou sempre com cores mais escuras e fechadas, e quando não estou bem, escolho de propósito o caminho inverso — a menos que eu realmente queira e possa passar aquele dia mais introspectiva.
Como meu trabalho envolve muita troca e conexão, nem sempre isso é possível. Então, coloco cor. Na roupa inteira? Nem sempre. Mas pelo menos na parte de cima.
Também priorizo roupas fiéis ao meu estilo e, de acordo com como será meu dia, adapto o conforto. Meu estilo já tende a peças mais estruturadas e retas, então, principalmente em dias mais importantes, vou de alfaiataria.
Se você não sabe qual é o seu estilo, opte pelas peças que te fazem sentir mais “você”. Olhando para o seu armário, observe se você prefere linhas retas e peças estruturadas ou linhas curvas e tecidos mais fluidos (aqui entra aquela dose de autoanálise).
Se você é daquelas que se sente ótima sem maquiagem: toda a minha admiração! Mas eu fico muito abatida sem — sempre rola o clássico “O que você tem?” quando saio sem make. Então, mesmo que eu vá ficar sozinha em casa e sem reuniões, me maquio: corretivo, blush, rímel e batom. Isso muda meu dia.
Quando o corpo muda muito
Existem muitos motivos para mudanças no corpo (e isso pode ser engordar ou emagrecer): fatores emocionais, um descuido momentâneo, gestação, pós-parto... Aqui estou falando de situações pontuais. Se você tem questões de longa data com seu corpo, recomendo buscar ajuda profissional, combinado?
No meu caso, foi a viagem e esse mix de emoções. Engordei 4,5 kg e, com isso, 95% das minhas calças não fecharam mais. É impossível não se abalar — ainda mais eu, que trabalho com imagem. Minha atitude foi voltar à rotina, respirar fundo e confiar que meu corpo vai voltar ao equilíbrio. Na prática: tinha duas calças que ainda serviam, comprei mais uma (no meu número habitual — ficou apertadinha, mas não quis comprar maior porque sei que é uma fase), e aos poucos tudo está voltando ao normal.
Se nada no seu armário serve, vale sim comprar algumas peças novas. Pense em itens versáteis, que você possa usar depois de outras formas: vestidos, camisas, saias... até calças que possam ser ajustadas futuramente, se necessário.
Novidades por aqui
Finalizei minha especialização em Consultoria de Imagem Corporativa, yay! Foi um curso denso, que com certeza ainda vou revisitar bastante, mas já me sinto pronta para esse novo ciclo. Se você pode me ajudar com pontes, indicações ou parcerias para levar a consultoria de imagem ao mundo corporativo, fale comigo :)
Esse mês, formalizei uma parceria linda com a Zeni, a única pessoa que mexe no meu cabelo! Em breve, vocês vão ver muita blogueiragem (com estratégia de imagem) por aqui e lá no Instagram.
Até a próxima,
Gi
Que texto honesto e necessário! 💛
Sim, é absolutamente humano — e comum — essa tendência de “jogar tudo pro alto” quando algo escapa do controle. A psicanálise mostra que, muitas vezes, diante da dor ou da frustração, buscamos saídas que aliviem o desconforto imediato, mesmo que reforcem o ciclo de mal-estar.
Mas reconhecer esse movimento já é um ato de consciência e transformação.
E é aí que pequenos gestos (como se arrumar, se olhar com carinho ou escolher uma cor que te devolve vida) podem ser potentes convites de volta pra si.
Se transformar é desafiador, e você está fazendo isso lindamente. 🌿✨
Oi Giovana! Vim pelo encontro da Lari das substackers girls! Sobre o seu texto, faz muito sentido mesmo. É quando olhamos mais pra gente. Senti muito isso na maternidade e começar a ser rígida com meus 15’ toda manhã pra me arrumar e me sentir bem, fez minha maternidade ser melhor.